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Letra da música Retrato De Um Playboy de Gabriel O Pensador - Pergunta prum playboy o que ele pensa da vida, sabe o que ele te diz? - Igual à todos... - Não, mais ou menos assim... : Sou playboy e vivo na farra Vou à praia todo dia e sou cheio de marra Eu só ando com a galera e nela me garanto Só que quando estou sozinho só ando pelos cantos Porque luto Jiu-Jitsu, mas é só por diversão (É isso aí meu cumpádi, my bródi, mermão!!) Se alguma coisa tá na moda, então eu faço também Igualzinho à mim, eu conheço mais de cem Só faço tudo o que eles fazem, então tudo bem Não quero estudo nem trabalho não vem que não tem porque sou, o que? Um play, um playboyzinho, disso eu não me envergonho, Não sei o que é a vida, não penso não Sonho, praia, surfe e chopp essa é minha realidade, Não saio disso porque me corta personalidade Não tenho cérebro, apenas me enquadro no sistema, Ser tapado é minha sina, ser playboy é meu problema Faço só o que os outros fazem, acho isso legal Arrumo brigas com a galera e acho SEN-SA-CI-O-NAL Me olho no espelho e me acho o tal, Mas percebo que no fundo sou um débil mental. Porque eu sou playboy, filhinho de papai, me afundo nessa bosta até não poder Sou playboy, filhinho de papai, sou um débil-mental somos todos iguais Com a cabeça raspada, cheia de parafina Tiro onda porque acho que sou gente fina, Mas na verdade, pertenço à pior raça que existe Eu sou playboy, penso que sou feliz, mas sou triste Eu sou pior que uma praga, eu sou pior que uma peste, Estou em qualquer lugar da superfície terrestre E digo aonde a playboyzada prolifera-se a mil: Em num país capitalista pobre como o Brasil Onde não somos patriotas nem nacionalsitas Gosto das cores dos States com as estrelas e as listras E o que eu sinto pelo país é o que eu sinto pelo povo Olha só que legal, quando eu pego um ovo Entro no carro com uns amigos, levo o ovo na mão (Olha o ponto de ônibus, freia aí mermão!) Eu taco o ovo bem na cara de um trabalhador Que esperava seu ônibus, que passou e não parou Que maneiro, eu não ligo pra quem está sofrendo, Em vez de eu dar uma carona, deixo o cara fedendo Que legal, se o mendigo me pede um cigarro É apenas um motivo pra tirar mais um sarro Sacanear o mendigo é a maior diversão Não tem problema quantos dias que ele não come um pão E por falar em pão que eu como todo dia, Me lembrei da empregada que se chama Maria Ela me dá comida, me dá roupa lavada, Mas quando eu estou presente ela é sempre humilhada Você precisa ver como eu trato a coitada, Eu a rebaixo, a esculacho, fico dando risada Porque eu sou playboy, filhinho de papai, me afundo nessa bosta até não poder Sou playboy, filhinho de papai, sou um débil-mental somos todos iguais Eu não sei nada dessa vida e desse mundo onde estou, E quando eu saio na rua que eu vejo o merda que eu sou Sem ter o que fazer, sem ter o que pensar, Eu encho a cara de bebida até vomitar E os meus falsos amigos que vão lá me carregar São os mesmos que depois só vão me sacanear Mas na cabeça da galera também não tem nada, Somos um monte de merda dentro da mesma privada, É até engracado Eu não decido nada, pela moda eu sou guiado Adoro reggae, mas não sei o que Bob Marley diz E se eu soubesse talvez não fosse tão infeliz Mas eu sou um otário, a minha vida não presta, Inteligencia? Não tenho, a burrice é o que me resta Então agora dá licença que eu vou parar Minha cabeça tá doendo, eu vou descansar Este lugar já está fedendo. Quem mandou eu pensar ? (Esse é o retrato da nossa juventude, Seja o playboy da maconha ou o playboy da saúde Se cuidarnos assim do futuro do Brasil, Vamos levar este país para a puta que o pariu...) |